terça-feira, 6 de abril de 2010

Me Banha

Uma coberta sobrou
Esperei sua entrada
Enquanto contava
As primeiras quatro milhões de moedas
em minha mente

O pedaço mais marcante de você
já não era aquele de outrora
(Agora encostado em minha parede)
Tava cá dentro de mim cravado
Virando, amor vivo em mim
no sentir dessa saudade

O cheiro seu ficou preso em cada tudo
Deitei onde por costume
Estaria você

Os olhos cerrados
Tentavam levar dengos meus
Que atravessaram ruas
Queriam alcaçar a Graça

Sua graça em mim
Qualquer sorriso
Apenas estar
E querer continuar

Em interludico momento
Imaginei ser o vento que me ninava,
Sua mão.
A coberta que me aquecia,
Seu corpo.

Quis retomar a semana que passou
Santa semana que aqui esteve
inundando cada centímetro
do meu quarto de você

Ele agora parece vazio
Apenas ficaram pedaços e manias nossas
Esquecidas
A garrafa verde
Ao lado da cama, agora está vazia
seu pedaço vermelho
Se escondeu no meu jeans e se perdeu pelos cantos

Me parece pouco

Volta logo e quando queira
Me banha de você
Que eu vou deixar esse banho secar lento

Quero sentir cada gota,
não indo.
Penetrando

Porque de você
Tudo fica

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